Hipácia nasceu em 370, em Alexandria, então sob domínio de Roma, envolvida em perigosa confusão intelectual, em conseqüência da adesão do Império Romano ao cristianismo. Havia conflitos entre cristãos, judeus e aqueles que se mantinham ligados aos cultos romanos anteriores (pagãos). Theon, pai de Hipácia, era matemático e astrônomo e trabalhava no Museu que fazia parte do complexo da Biblioteca. Ela viajou a Atenas e a Itália impressionando por sua beleza e inteligência. Ao retornar a Alexandria, tornou-se professora de matemática e filosofia e mesmo que então houvesse escolas separadas para pagãos, cristãos e judeus, dava aulas para pessoas de todas as crenças. Lecionava acerca das obras de Platão e Aristóteles e os estudiosos acorriam a Alexandria para ouvir suas aulas de matemática, filosofia, astronomia e mecânica.
Muitos dos escritos de Hipácia transformaram-se em textos para seus estudantes, mas destes restaram apenas alguns fragmentos. O seu trabalho mais importante foi em álgebra. Escreveu 13 livros comentando a Aritmética de Dhiophantus, que vivera em Alexandria no século III e ficou conhecido como o Pai da Álgebra. É autora de um tratado, em 08 volumes: acerca das crônicas de Apolônio. Apolônio foi um matemático alexandrino, do século III a.C,. Há referência de uma série de instrumentos científicos como astrolábios, aparelhos de destilação, higrômetros que foram desenvolvidos por Hipácia.
Como pagã e esposando as doutrinas racionalistas gregas atraiu para si as disputas com fanáticos. Em 412 Cirilo bispo de Alexandria dirigiu o Concilio de Éfeso é considerado o terceiro concilio ecumênico da Cristandade, não promulgou qualquer credo novo, mas endossou uma crença e a declarou obrigatória para todos os cristãos. É uma fórmula dogmática tirada quase que palavra por palavra das cartas de Cirilo a Nestório: O eterno Filho do Pai é um exatamente a mesma pessoa que o filho da Virgem Maria, nascido no tempo e na carne; por isso, ela pode ser corretamente chamada Mãe de Deus. Confessor e doutor da Igreja, torna-se Patriarca de Alexandria e se estabelecem forte disputas com Orestes, o prefeito romano do Egito, ex-aluno e amigo de Hipácia.
Depois de perseguir os judeus, saqueando sinagogas e os expulsando de Alexandria, que era a maior cidade de população judaica, Cirilo começa a perseguição aos neoplatônicos, Hipácia não aceita abandonar suas idéias e converter-se ao cristianismo. Isso foi fatal. A descrição de sua morte, baseada em um relato do escritor Sócrates Scholasticus, do século V, é dramática:
Muitos dos escritos de Hipácia transformaram-se em textos para seus estudantes, mas destes restaram apenas alguns fragmentos. O seu trabalho mais importante foi em álgebra. Escreveu 13 livros comentando a Aritmética de Dhiophantus, que vivera em Alexandria no século III e ficou conhecido como o Pai da Álgebra. É autora de um tratado, em 08 volumes: acerca das crônicas de Apolônio. Apolônio foi um matemático alexandrino, do século III a.C,. Há referência de uma série de instrumentos científicos como astrolábios, aparelhos de destilação, higrômetros que foram desenvolvidos por Hipácia.
Como pagã e esposando as doutrinas racionalistas gregas atraiu para si as disputas com fanáticos. Em 412 Cirilo bispo de Alexandria dirigiu o Concilio de Éfeso é considerado o terceiro concilio ecumênico da Cristandade, não promulgou qualquer credo novo, mas endossou uma crença e a declarou obrigatória para todos os cristãos. É uma fórmula dogmática tirada quase que palavra por palavra das cartas de Cirilo a Nestório: O eterno Filho do Pai é um exatamente a mesma pessoa que o filho da Virgem Maria, nascido no tempo e na carne; por isso, ela pode ser corretamente chamada Mãe de Deus. Confessor e doutor da Igreja, torna-se Patriarca de Alexandria e se estabelecem forte disputas com Orestes, o prefeito romano do Egito, ex-aluno e amigo de Hipácia.
Depois de perseguir os judeus, saqueando sinagogas e os expulsando de Alexandria, que era a maior cidade de população judaica, Cirilo começa a perseguição aos neoplatônicos, Hipácia não aceita abandonar suas idéias e converter-se ao cristianismo. Isso foi fatal. A descrição de sua morte, baseada em um relato do escritor Sócrates Scholasticus, do século V, é dramática:
“Um número incerto de uma impetuosa e irrefletida turba esperou Hipácia, quando vinha de um lugar para outro, tiraram-na de sua carruagem e apedrejaram em uma igreja chamada Cesarion, arrebataram suas roupas e a deixaram completamente nua; arrancaram sua pele e rasgaram suas carnes com conchas afiadas, até que a vida partiu de seu corpo; então, a esquartejaram e levaram seu corpo em pedaços até uma praça chamada Cinaron e queimaram até restar cinzas”.
Isso foi em 415 e a infâmia cobriu não somente Cirilo, mas toda a Igreja de Alexandria. Não há duvidas de quanto à intolerância religiosa fez, então, mais uma mártir.
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